​xtinto
Noé
[Letra de "Noé"]

[Refrão]
Uh-ya, a ver se duvidam do Noé quando vier a chuva
Não quiseram bulir na arca, riram bué
A ver se duvidam do Noé quando vier a chuva, dilúvio, ya
Uh-ya, a ver se duvidam do Noé quando vier a chuva
Não quiseram bulir na arca, riram bué
A ver se duvidam do Noé quando vier a chuva, dilúvio, ya

[Verso 1]
Huh, 'tou com o Garfo de Poseidon, huh
Todo o mar me deu co-sign, huh
Nem é caneta que 'tá foda
É tesoura da poda, isso é folha de bonsai, hm
Dizem: "Foda-se", nem sou o Chaylan
Beat molda-se ao meu xaile onde vai chorando o meu fado
Timbre anasalado entupido com o passado
Ararate é quem me abraça o barco
Sei que atraco onde encontrar meu espaço
Circundar o cabo atormentado
Eu sei que todo o monstro aqui foi inventado
Que eles não me querem na rota que os pôs no sucesso
Sei que o ego arrota alimentado em excesso
Há sangue se o garrote apertar esse verso
Há sanguessugas a boicotar a minha fé
O mar que nadas vai afundar quem erre
Eu Marco Tábuas, me'mo a dar p'ra GR
Há coordenadas que não 'tão no GPS
É um muro de nadas até que surja a benesse
Uh-ya, uh-ya, se a chuva aparece
Vou deixar entrar quem lidou com o meu stress
Nunca vais ver Judas pegar no meu leme, nah
[Refrão]
Uh-ya, a ver se duvidam do Noé quando vier a chuva
Não quiseram bulir na arca, riram bué
A ver se duvidam do Noé quando vier a chuva, dilúvio, ya
Uh-ya, a ver se duvidam do Noé quando vier a chuva
Não quiseram bulir na arca, riram bué
A ver se duvidam do Noé quando vier a chuva, dilúvio, ya

[Verso 2]
Vai por mim, rappers já não giram desse pipe a mim
Pensam que sou órfão, não há pai p'ra mim
Com sangue e suor eu vou calcar caminho
Cacau que anime o mambo, eu 'tou cá c'a team
Tu cata, eu digo "kanimambo" a quem 'tá cativo
No caos que eu tive, 'tou Drake, não há novos amigos
Aqueles que não engordam, são os olhos antigos
Ninguém quer viver do ar cá, nem p'ra respirar dá
É mistério tipo: "Booyaka, booyaka"
Até verter a arca, vou 'tar em modo arcade
A brincar com quem conspira por ter um dilúvio cá
Uh-uh-yeah, cuidado que a fraqueza consome a tua carne
Dá-te pobreza para o teu espírito, na gíria: "Vais baicar"
É beleza da mais gira dizeres que 'tou mais caro
Mas é ser que te torna fraco e essa carne má
Vai ficar a ver teu Éden virar Baghdad
Elevar-te ao teu éter p'ra te rebaixar
Meter-te numa guerra que só dá crachá
[Refrão]
Uh-ya, a ver se duvidam do Noé quando vier a chuva
Não quiseram bulir na arca, riram bué
A ver se duvidam do Noé quando vier a chuva, dilúvio, ya
Uh-ya, a ver se duvidam do Noé quando vier a chuva
Não quiseram bulir na arca, riram bué
A ver se duvidam do Noé quando vier a chuva, dilúvio, ya

[Bridge]
(Quando vier a chuva, ooh
Quando vier a chuva, ooh
Quando vier a chuva, ooh)

[Outro: Hip-Hop Cru & DEZ]
O xtinto, quando eu o entrevistei para o nosso podcast, ele disse que a "Odisseia" foi um passo importante não só para a vossa carreira mas também para o pessoal de Ourém que começou a ouvir-vos e a consumir, sentiste isso?

Ah sim, sem dúvida.. ah é como.. acho que ele também refere isso na entrevista dele. Não éramos muito levados a sério quando era OC Crew, ainda havia muita gente que dizia "Pah ya isto são só uns putos a tentar fazer rap"

E sentes que é importante ter o apoio da terra-mãe?

Ah, sem dúvida, isso é... começou aqui, lembro-me dos primeiros concertos de OC Crew meia dúzia de gajos lá atrás, amigos nossos só à frente tipo a curtir e mal sabiam a letra, pah depois quando veio "Odisseia" e agora atuamos, pronto se dermos um concerto na terra, a casa 'tá cheia, o pessoal todo a cantar as nossas letras, é um apoio incrível mesmo