Gali
Vai Na Fé
[Intro: NP Vocal]
Carai parça, cê não sabe o que aconteceu, mano...
Os cara’ foi fazer uma treta lá, pá, num assalto, irmão
Deu mó desacerto, o **** tomou três tiros, parça...
Tá na mesa de cirurgia ali e nois não sabe como que tá...
***** foi preso, o *** ninguém sabe se fugiu, se escapou...
Mano... Cê é louco, parça

[Verso 1: NP Vocal]
O tempo fecha é mau sinal de chuva
Lá vem água, tempestade
Se não tiver raia a pivetada pula, brinca
Nunca vi pular sua cólera, Deus cuida
E a bala adoça a infância numa atmosfera amarga
Entre lousa suja e vagabundas, visto pela mesma viatura
[?] que pra nós sua segurança pública foi um dia segurança puta
Que pariu o crime, agiu novamente na Dutra
Um ficou no chão na trocação, levou de puta
Que pariu de fura, que fuga? Veneno? Nunca
Que essa porra um dia vai ser uva
Tem sangue no chão filha da puta

[Verso 2: Raillow]
Ahn, ahn
Ao inferno: prazer, é minha primeira vez aqui, prazer
Lazer pro coração e pra mente mais poder
Então vem ver o que acontece, baby
Mas não se assuste com tudo que acontecer aqui
E eu abri as portas do mundo pra você
E se tu não foi minha, é que não era pra ser memo
Prazer, licença, Daniel, desculpa pelo veneno
Não entender sempre foi o mais difícil memo
E eu sou meio tenso
E eu esqueci de dizer
E eu tenho tanta coisa pra dizer que eu vou acabar esquecendo
Vi os menor daqui nascer e as novinha crescendo
Os amigo’ preso e nos jornais acontecendo tudo isso ae
E hoje eu acordei, vou escutar a TV, acender um cacife kush, pegar dez livros e ler (ahn ahn)
Eu falei mais rápido do que pude ver, tentaram mostrar mas hoje eu acordei sem querer ver
Sem querer pai mas não vem querer ser o que não vai conseguir ser pra mim
Obrigado, valeu!
[Verso 3: Felp]
Meu rap é desacato
Meus irmãos com as mãos atadas mas cê já ligou os fatos
É o traçante, as barricadas
Os anos se passou, na minha área nada muda
Os menor de dezessete explodindo a viatura
Não sou filho do chefe pra comprar o delegado
Na minha área eu sou chefe, revidando contra o Estado
Se os verme brotou: os menor tão na escuta, as armas tão no óleo enquanto as tia pede ajuda
Aí, tá tudo errado, aqui é quente igual inferno
O diabo usa terno, os projéteis saem quente igual a linha do caderno Enquanto a mente tá em fervo, a polícia ta na seca
Mas metade disso vai pra conta do prefeito
E eu sei que aquela mina disse “acredita, tô contigo até o final”
Mas só que o nome dela tava contra mim na hora errada por acaso no papel do tribunal

[Refrão: Felp]
Vai na fé e não desista
Seu nome tá no livro
O sistema não te livra
Dessas balas eu esquivo
Só testa quem duvida
Grana cega sua vista
Frases na parede da revolta alpinista
Na caça, tem veneno
Nas notas, tem sangue
Os menor de idade querem explodir o tanque
Nas ruas, mil esquinas pra tentar correr
Por mil e um manos pra tentar salvar
Álcool na ferida pro sangue não escorrer
A luta só termina se ele não levantar
[Verso 4: Leal]
Então toma!
Cê quer um pedaço?
Eu ultrapasso o limite imposto, até o pescoço
Memo no osso, várias fita irrita, é osso
Osso é meu parça, inveja na taça
Disfarça com espumante
De tudo muda com o tempo que passa e a fumaça virou meu calmante
O homem esqueceu fácil que o brilho do diamante era pra olhar
Refletir que somos todos semelhantes
Nada é como antes:
Flores de papel, torres de Babel, sem cores no céu, horrores e o véu
E eu, vendo meus atos do meio dos ratos, são fatos atrás de fatos e eu faço a minha cota
Solta, que o tempo tá escasso
Lamento é fracasso e eu não faço parte do jogo de palavras, só valem nota
Anota e reflete, empecilhos criados, vivendo entre vidas e cacos
Pitacos de quem tá longe não me importam, sabotam, sufocam mais
Me mostra outro lado de toda essa porra, jão, que eu te mostro como é que se faz

[Verso 5: Gali]
Cartas, contratos, na época do fax
[?] ele ensinou como é que faz
Sangue petróleo, Às Margens Eufrates
Cartão postal, campo de testes
Sobe à direita e vai, meu bom
Digno acúmulo
Diz, dos freestyles de rua, hoje é salário fixo
Despesa monetária não é nada, parada simbólica
Eu sempre vou te amar porque: perigo, cê é uma delícia
Meu som é o que faz o diabo calar a boca
Alma na jaula, mais velho fala, pausa pra aula
Voz da sabedoria, desarma a arapuca armada
A vida é curta e muito louca
[Refrão: Felp]
Vai na fé e não desista
Seu nome tá no livro
O sistema não te livra
Dessas balas eu esquivo
Só testa quem duvida
Grana cega sua vista
Frases na parede da revolta alpinista
Na caça, tem veneno
Nas notas, tem sangue
Os menor de idade querem explodir o tanque
Nas ruas, mil esquinas pra tentar correr
Por mil e um manos pra tentar salvar
Álcool na ferida pro sangue não escorrer
A luta só termina se ele não levantar